quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ÀS NOSSAS CRIANÇAS

Diagam o que quiserem, mas Toy Story 3 me fez chorar. E muito. A ponto de eu estar sentada na poltrona chorando horrores, enquanto as pessoas passavam apontando. Quem já viu deve estar entendendo.
Eu era uma criança que cobria as bonecas antes de dormir, ou seja, além de ser insano, era também lúdico(Palavra difícil pra dar crédito à postagem!). A gente cresce e arrancam essa coisa de nós, essa magia, esse pular, gritar. Quando somos menores, não temos noção de que alguém vai achar ridículo o fato de estarmos cantando no meio da rua "Power rangers tem a forçaaaa". Mas se fizermos isso quando grandes....
Enfim, chega de falar difícil.
Este filme mexeu comigo e sei que com 80% das pessoas também. Deixe-me explicar. Os 20% são compostos de pessoas frias; namorados que foram obrigados pelas namoradas a assistir o filme e crianças, que obviamente se divertiram mais do que choraram.
O filme é sublime, mas só no final. Temos que ser sinceros aqui e dizer que ele não é bom, nem inovador. O filme inteiro, os cerca de 90 minutos que passamos vidrados nele, só vale por uma cena: Andy brincando com a filinha da funcionária de creche. Cena esta que se dá pouco antes dele entrar no carro e definitivamente ir para a faculdade.
Penso que o cinema tem que te cortar, te mudar. Essa cena cortou, mudou. Sensível, pura e o tão pouco que meus olhos embaçados me deixaram ver, foi lindo.
Ao invés de se desfazer de seus brinquedos, Andy resolve doá-los a uma pequenina, que realmente sabe seus valores. Mas antes de fazê-lo ele pára, retira-os da caixa e brinca com eles. O que segue é uma sequência de Woody, Buz, Senhor Cabeça de Batata e outros pulando ou correndo na grama.
É importante se lembrar de que ainda temos as formas de quando éramos criancinhas.Quando é pra recordar traumas ninguém se esquece, se machuca. Mas para sentir aquele frescor novamente é difícil, mas necessário. Senão a gente tomba, desmorona, some. Não quero deixar de chorar quando me vejo na tela, não posso deixar que isso aconteça.
O cinema animado de hoje tem tido essa preocupação. Vai dizer que Shrek é inteiramente pra crianças? Algumas piadas são completamente incoerentes para os pequenos. Iso é bom, é realmente bom. Agora existe um público grande e cheio de vontade indo às telas pra rir um pouco, ser mais leve, sem ser de duplo sentido ou sujo.
A animação feita pra nós, nos lembra de que não é preciso muito pra se divertir.
Simplicidade.