segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mudança de planos


Amar é coisa engraçada nessa vida. Tinha um colega meu, da faculdade, que estudava japonês e já estava terminando. Vivia mal humorado, falando horrores das professoras e contando desgraças de sua vida. Queria mesmo era passar para um concurso público. Aí sim, ia fazer o que queria. Eu até convencionei-me a chamá-lo de estressado, mal humorado etc. fora isso, um dos únicos momentos em que estava alegre era quando recebia mensagens da sua namorado no celular, ou quando falava do quanto ela amava assistir House e que eles assistiam juntos, e que ele dera para ela no último aniversário um Box com alguma das temporadas. Não me lembro bem qual. Vivia dizendo que ia morrer de fome, e também odiava quem se dava bem na vida. Um dia conversando com ele compreendi tudo. Uma: ele estava completamente apaixonado por sua namorada que fazia medicina na UFRJ. Ele queria casar com ela, ser feliz com ela, mas fazendo letra português/japonês seria “impossível”, por isso se sentia infeliz. Começou a fazer tudo quanto era concurso público e já no início do ano soube que ele passou em um para ser inspetor da FAETEC.

Minha irmã começou a namorar e eu fiquei feliz. Ela passa os dias cantando músicas de amor. Antes ela vivia ouvindo tristezas sobre separação, sobre amores que não deram certo.E também arrumava a casa só quando dava vontade. Hoje ela resolveu arrumar a casa. E tudo com o celular ligado tocando as baladinhas de amor maior. Desconfio que ela resolveu lavar o quintal todo (que é gigante) só pra poder passar mais tempo com as músicas, pra passar mais tempo cantando cada palavra, pra passar mais tempo lembrando deles juntos.

O amor faz a gente querer mudar o rumo das coisas pra que passemos mais tempo com alguém, ou pra que tenhamos a certeza de que tudo vai dar certo, tudo tem que dar certo.

2 comentários:

  1. huuum conheço esse mal humorado...
    ester, meu novo blog é www.des-a-tino.blgospot.com

    bia

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  2. Um texto sincero sobre o amor de verdade. É sim o amor faz a gente mudar, quando você falou da sua irmã eu ri, não por achar bobagem e sim pelo fato de retratar um pouco da minha vida. Gostei muito.

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